Marquei a página, pousei o livro e concedi-me minutos de entrega. Triste melodia, ora gritante ora murmurante. Roubou-me um sorriso e uma lágrima.
As mãos que o tocavam eram mãos vividas, cheias. Cheias de anos, de dor, de labor. Olhos agradecidos. Podiam ser altivos, mas eram expectantes, olhos que roçam o desespero. Olhos que sorriram com o meu sorriso, olhos que se iluminaram com a minha lágrima. Olhos que vazam a sua música, por aí, como uma dádiva. Dádiva que poucos sentem. Dádiva que muitos ignoram.
Esses minutos deram um especial significado ao meu dia. Obrigado.
Eunice Guerreiro
Sem comentários:
Enviar um comentário